uma tristeza profunda, daquela que agente nem chora, só quer é ficar parado, olhando pro nada.
uma tristeza daquelas que até os móveis da casa sentem pena da gente
e agente só quer é silêncio, ou música que toque o silêcio de dentro.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
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Um comentário:
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Emprestado de Drummond
para a amiga afinada na pauta da tristeza e do silêncio numa quarta-feira do mundo.
Abraços.
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