segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Toda obscuridade fugirá de ti .


Tudo começou com o primeiro passo.
O primeiro passo começou com a falta do dinheiro, que nunca começou de fato, sempre existiu assim, desde sempre como o universo.
Mochilas: ok!
Docinho: ok!
Tênis: ok!
Força de vontade: OK!
Chanber: OK! :)

E lá vamos nós.
O Sol mesclava-se entre algumas nuvens que salpicavam gotas frescas no suor do rosto. As ervas, as hortaliças, as flores, as pedras, as meninas sorriam mutuamente, com liberdade suficiente dentro de si para saber que também faziam parte da estrada, assim como a estrada fazia parte delas.
Sentia-me como o fugitivo da caverna de Platão. Quanto tempo passei aprisionada dentro de minhas próprias cavernas acreditando nas sombras das minhas ideias?
O caminho até a cidade me trouxe a sensação da teia, me fez pensar onde todas as bifurcações de estrada levariam os viajantes, e como essas estradas se ligam à outras,e assim por diante.E tudo que há nesse caminho, as relações entre os nichos, vento,sol e chuva.....As flores que acariciavam os olhos com as suas cores, um riacho-água fresca,pedras, cantorias.......liberdade. Uma felicidade que não se explica, a vida é tão real como lírica.
O caminho me trouxe transformação, amor, vontade de continuar, lutar. Vontade da verdade.
O caminho trouxe 18 Km de percepções, e uma amizade inquilometrável :)

“Se as portas da percepção se abrissem, tudo pareceria como é”... (e como um par perfeito vem o brasileiríssimo Jorge Ben para complementar ) e toda obscuridade fugirá de ti. :)

3 comentários:

Cathola disse...

Que bonito Tati... belos textos... marejou o zoinho.... beijoes

kadu disse...

:D










:)²

Juliano Soares disse...

Como é que eu te pesco neste mar virtual de navegar?